Espaços que atendem diferentes necessidades e novas tecnologias marcam as tendências para o futuro do trabalho.

O ambiente de trabalho está em constante estado de mutação. Durante a última década, a transformação digital mudou fundamentalmente a forma como as pessoas trabalham. Ainda assim, hoje a maior parte dos ambientes de trabalho permanecem baseados nos modelos do século 20. De fileiras de mesas em plano aberto, onde colaboradores trabalham lado a lado em suas baias, a salas privativas para reuniões e cargos seniores, os escritórios estão buscando acompanhar as evoluções tecnológicas e interpessoais.

Estima-se que até o ano de 2030, a transformação digital já estará totalmente instaurada dentre os ambientes de trabalho, ao mesmo tempo em que o design dos escritórios evoluirá em direção à hiper flexibilidade, onde interfaces de realidade mista (tecnologia que une características da realidade virtual com a realidade aumentada) e ferramentas neurológicas possibilitarão a criação de espaços que acomodam diferentes demandas em termos de colaborações, socialização e trabalho solo.

A grande tendência em relação ao design do futuro dos escritórios será o que chamamos de ambientes de trabalho flexíveis, espaços que atendem diferentes necessidades, como co-working e colaborações, socialização e pesquisas privadas. Um estudo recente feito pela empresa de compartilhamento de arquivos WeTransfer revelou que 65% das pessoas precisam de silêncio para realizar seu trabalho da melhor forma, o que significa que 35% não compartilham da mesma necessidade. Os dados só reforçam a informação de que os ambientes de trabalho precisam dar suporte a diferentes tipos de colaboradores, com o intuito de aumentar sua produtividade e satisfação.

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Escritório da POPULOS em São Paulo

Andy Heath, diretor de design na WeWork, prevê que o design de plano aberto evoluirá completamente para um estilo de múltiplos ambientes “células” que poderão ser reconfigurados conforme necessidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela WeWork, o valor do mercado global de espaços de trabalho flexíveis já chega a aproximadamente 26 bilhões de dólares e 35.000 unidades, e estima-se que até o ano de 2030 esse mercado representará 30% de todo território de escritórios nos EUA.

O design do futuro terá como prioridade o bem estar das pessoas, desde a possibilidade dos próprios colaboradores escolherem o tipo de ambiente em que desejam trabalhar, até outros tipos de customizações como: controles de temperatura ambiente, ajustes de altura de cadeiras e mesas personalizados, controles de qualidade do ar, monitoramento de atividades fisiológicas, ajustes de luz natural, reconhecimento facial, entre outras. A implementação de novas tecnologias proporcionará mais conforto, disposição, saúde e aumento de produtividade para os colaboradores.